Este será um bom ano para as redes de TV brasileiras. Elas preveem crescimentos individuais de até 26%. Na média, devem ampliar suas receitas em 10%.
Maior rede do país, com mais de 70% das verbas publicitárias destinadas à televisão, a Globo estima fechar 2010 com alta de 12% em relação a 2009, atingindo um faturamento de quase R$ 9 bilhões.
Em 2009, segundo Willy Haas, diretor-geral de comercialização da Globo, a rede cresceu 7%, desempenho superior aos 5% previstos no início do ano, quando a crise econômica mundial desanimava os executivos.
Para 2010, o dirigente da Globo estima um crescimento de 10% no mercado de mídia em geral (o que inclui TVs aberta e paga, jornais, revistas, internet, rádio e agências de publicidade). A Globo crescerá mais (12%), explica Haas, porque detém os direitos da Copa do Mundo, principal fator de alavancagem das vendas de comerciais neste ano.
Vice-presidente comercial da Record, Walter Zagari projeta um crescimento de 7% a 9% para o mercado de TV em geral. Para a Record, a alta será de 20%, diz. Em 2009, a Record cresceu 25%, arrecadando R$ 2,150 bilhões.
Copa do Mundo e estabilidade econômica e política são as principais justificativas para o otimismo em 2010. Nem as eleições presidenciais de outubro azedarão o humor dos anunciantes, acredita Zagari. Porque, seja José Serra (PSDB) ou Dilma Rousseff (PT) o novo presidente, a política econômica deverá se manter a mesma.
De acordo com Marcelo Mainardi, diretor comercial da Band, a emissora trabalha com uma projeção de crescimento de 26%. O otimismo vem da Copa do Mundo e das mudanças na grade de programação, a partir de março. Em 2009, segundo Mainardi, a Band ampliou seus recursos financeiros em 18%. “A gente cresceu muito mais do que o mercado de publicidade e o de televisão”, festeja. CQC e Copa de 2010 foram os principais guindastes dos resultados do ano passado, afirma Mainardi.
A Rede TV!, de acordo com Antonio Rosa Neto, superintendente comercial, irá crescer 20% em 2010. Para o executivo, os resultados de 2009, por causa da crise financeira mundial, foram ruins. “Em 2009, o mercado brasileiro andou de lado”, diz. Segundo Rosa Neto, o crescimento do mercado publicitário nacional foi de 5%, ou seja, empatou com a inflação (por volta de 4,5%). “Mas o Brasil foi bem melhor do que o mercado internacional. Nos Estados Unidos, a publicidade recuou de 5% a 10%”, afirma.
O executivo da Rede TV! acredita que veículos e agências brasileiras crescerão de 10% a 15% neste ano. “Se o PIB [Produto Interno Bruto] cai, a publicidade cai o dobro. Mas o inverso é absolutamente verdadeiro. Se o PIB brasileiro vai crescer 5% em 2010, a propaganda vai crescer 10%. Quando o mercado é crescente, as marcas ampliam a disputa entre elas”, ensina.
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Copa e economia estável impulsionam TVs em 2010
Posted by Ruan Carlos | sexta-feira, 15 de janeiro de 2010 | Category:
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