Em O Clone, Debora Falabella vivia Mel, uma garota rebelde que se tornava dependente química (Foto: Divulgação/TV Globo)
A Globo desistiu de reprisar O Clone (2001) na sessão Vale a Pena Ver de Novo. Grande sucesso da primeira metade dos anos 2000, a novela já foi liberada pelo Ministério da Justiça para o horário vespertino. Desde 2005, aparece nas listas tríplices de possíveis títulos a serem reapresentados.
Na última lista, a novela de Glória Perez disputou a vaga a ser deixada porAlma Gêmea (2005) com Sinhá Moça (2006) e Beleza Pura (2008). Perdeu para Sinhá Moça, que volta ao ar no dia 15.
Na blogosfera, especulou-se que a Globo não reapresentará O Cloneporque temia que a trama desse mais audiência do que as novelas das seis e das sete. Bobagem. Nenhuma rede de TV deixaria de reexibir um produto só porque ele daria mais audiência do que programas inéditos. Isso já ocorreu, recentemente e mais de uma vez, com Alma Gêmea.
O que tirou O Clone de Vale a Pena Ver de Novo foi a temática das drogas e o temor da Globo de enfrentar problemas com uma eventual reclassificação indicativa, ações movidas pelo Ministério Público e questionamentos de telespectadores. Tirar uma novela de sucesso do ar seria, sim, um grande trauma.
Executivos da Globo cogitaram expurgar de O Clone toda a sua subtrama envolvendo drogas – para quem não se lembra, Mel (Debora Falabella) era uma menina rebelde de classe média alta que se tornava viciada, frequentando morros cariocas. Mas essa alternativa implicaria um corte muito grande, uma vez que o drama de Mel virou tema central a partir da metade da produção.
Descartada a hipótese de corte, diretores da emissora decidiram que o melhor seria abortar definitivamentre a ideia de reprisar O Clone. Ponderaram que uma coisa é apresentar um problema como o das drogas às 21h, com os pais ao lado dos filhos. Fazer isso às 15h, quando os pais estão trabalhando e as crianças sozinhas em casa, pode ter um efeito maléfico, oposto ao esperado.
Com Informações do R7-Daniel Castro
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