Hudson fala sobre sua nova fase musical, agora dedicado ao rock

Posted by Ruan Carlos | domingo, 16 de maio de 2010 | Category: |

                                                 Hudson, em visita ao portal eBand

“Nunca deixei de gostar de sertanejo, assim como sempre escutei rock. Os dois estão sempre juntos comigo”. Palavras de Hudson, que deixou para trás 30 anos de história na música sertaneja na dupla que fazia com seu irmão, Edson, para se dedicar por inteiro ao rock’n’roll.

Focado em sua nova fase musical, Hudson prepara suas músicas com muita dedicação. Pronto para abrir o show da banda ZZ Top em São Paulo, ele também dvulga seu novo disco.

Gravado nos Estados Unidos, no mesmo estúdio de Snoop Dogg, e Alice In Chains, entre outros, foi lá que o brasileiro começou uma relação de amizade com Mike Inez, baixista da banda de Seattle. E mais: essa corrente de amizades chegou ao ex-baterista do Guns N’Roses, Matt Sorum...

Mas essa história quem conta é o próprio Hudson, em entrevista exclusiva ao eBand.


Está cheio de tatuagens já...
É, fiz logo três e quero fechar o braço. Fiz uma em Madri, agora vou fazer outras aqui no Brasil, em preto e branco mesmo. Doeu pra caramba, mas valeu a pena... (risos)

Vamos falar de música. Você está lançando um disco?
Isso. Foi gravado nos EUA, em Hollywod, e tem participação do Matt Sorum, do Guns N’Roses, em duas músicas, e do Mike Inez, do Alice In Chains, em uma música. É um disco com participações especiais, como Bruno Boncini, que cantou em quatro músicas. O disco vai muito bem, lancei a pouco tempo nas rádios e ela já está nos primeiros lugares.

Como foi a participação desses músicos famosos?
Quando cheguei ao estúdio, alguns famosos tinham acabado de gravar, como Snoop Dogg e o Alice in Chains. O dono do lugar conhecia os caras do Alice e ficou amigo do Mike, que também é amigo do Matt. Então, ele comentou com os caras que tinha uma banda do Brasil e convidou o Mike para participar, que topou na hora. Aí eles chamaram o Matt, que também aceitou com muita disposição. Aí já viu, misturou com brasileiros, foi aquela festa. Já fizemos um churrasco pra eles, foi bem legal. O s caras são gente boa demais, que tocaram com tesão. Não paguei o cachê que eles cobram e, mesmo assim, foi demais. Foi na camaradagem mesmo.

Eles podem participar de algum show com você?
Por falar em show, quero trazer o Alice In Chains para o Brasil quanto antes. Mas então, talvez o Matt participe do meu DVD que vou gravar daqui uns quatro meses. Vamos gravar na minha casa, em um condomínio de chácara, um show grande, num campo de futebol. Eu moro em uma reserva florestal, então vai ser coisa grande mesmo, lá em Limeira. O Matt pode vir com uma banda só de mulheres, que tem a namorada dele, mas ainda não tem nada definido.

Por que resolveu gravar fora do país?
Resolvi fazer isso pela experiência de saber como fica o material. É um trabalho com músicas escolhidas a dedo, produção 100% minha. E está surpreendendo. As pessoas pensam que eu viria com heavy metal, mas eu faço um country rock, mais romântico, mais estilo Hudson Cadorini mesmo.

Tem sertanejo também?
Claro, o sertanejo foi uma escola pra mim. Eu passei pra guitarra com15 anos, mas tinha minha formação com músicas clássicas sertanejas. Nos EUA não existe isso. Lá rockeiro grava com rapper, as pessoas aceitam. Acho que Edson & Hudson quebrou esse estigma. Quem gostava de rock passou a gostar de sertanejo, e vice-versa. É bem nessa praia que estou seguindo, com duetos, músicas românticas. Para ter uma ideia, no disco tem a versão de “Poison”, do Alice Cooper, outra do Babyface com Steve Wonder. Estão bem boas.

E como será abrir um show tão importante como do ZZ Top?
Ah, esse vai ser bem legal! Esse show eu vou fazer mais instrumental mesmo. Fui considerado por algumas pesquisas com um dos dez maiores guitarristas do mundo, então quero aproveitar isso no show, bem direcionado pro público. Pra esse show vamos faz “O Massacre da Guitarra Elétrica”, mais instrumental, fazer o cérebro da galera virar arroz. (risos)

O público ainda estranha essa sua mudança?
Na verdade não, porque eu faço com sinceridade. Quem me conhece já sabe que vai ouvir. Não vou mudar de lado. Na verdade vou continuar sendo eu mesmo. Edson & Hudson não era bem sertanejo, já era um country rock. A gente gravava modas de viola, discos de músicas clássicas, que valorizamos muito, mas não fazíamos tudo segmentado. E é assim comigo. Até em sertanejo mesmo nunca fui bitolado. Nos nossos shows sempre tinha uns metaleiros. Era bem legal.

Você e seu irmão se dão bem hoje em dia?
A separação em si teve sua turbulência. Toda separação é complicada. Trinta anos cantando juntos, é complicado. Sabíamos da responsabilidade e era difícil dar um fim àquele projeto. Foi bom para mostrar que não queríamos fazer aquilo por dinheiro, mas sim com paz, amor, satisfação pessoal. Hoje estamos bem, desejo tudo de bom pra ele principalmente porque ele é meu irmão, mas seguimos caminho diferentes e está bom pros dois. É um recomeço, e isso é bom, pra todos. Eu to muito seguro com meu trabalho, as pessoas gostam. Dias desses o Edson me ligou, disse que tava com saudade. Sabe, as pessoas superfaturaram o que aconteceu. Lógico que tinham nossas coisas, tudo meio explosivo, mas é normal, amo meu irmão e é isso aí, ta tudo em paz.

Vocês podem tocar juntos?
Com certeza. Só não fiz isso já para as pessoas não imaginarem que vamos voltar com a dupla, que não é o que pretendo. Quem sabe até convido para o meu DVD? Fazer um lance de viola. “Seria matador!”, como diz o Slash. (risos)



Fonte:Eband

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