Ela lança segundo disco solo, As Máscaras, e afirma que era feliz nos tempos de barzinho
Mesmo cercada o tempo todo de familiares, como o marido Márcio Pedreira, o tio assessor de imprensa, Paulo Sampaio, e o irmão produtor, Claudio, na hora de ir para frente dos holofotes Claudia Leitte está sozinha. Mas, em vez de fazer drama dessa solidão provocada pelo sucesso, faz música.
Foto por Julia Chequer/R7
Nesta segunda (24), Claudia recebeu a imprensa para lançar o segundo disco de sua carreira solo, As Máscaras, agora por sua nova gravadora, a Sony, no hotel Unique, na zona sul de São Paulo.Claudia Leitte faz pose para o R7 no quarto do hotel, em São Paulo
Após responder às muitas perguntas, Após a maratona, ela brincou com sua gerente de marketing, Chris Freitas, e perguntou qual seria a hora reservada para ela dormir.
A 15 faixas do disco foram garimpadas em uma centena de músicas entre canções que compôs e que foram enviadas por gente como Latino e Belo.
- Recebi muita coisa. Estava muito sensível nesse processo. E assino duas músicas: As Máscaras e Famosa, a versão para Billionaire [na qual faz dueto com o cantor norte-americano Travis McCoy]. Eu e minha banda fomos mais ousados neste disco.
No novo álbum, que só chegará às lojas em junho, a cantora – que tem projetos concretos na nova gravadora para a internacionalização da carreira – se distancia um pouco do axé para se aproximar mais da cena pop. Na faixa de trabalho, Famosa, Claudia brinca com o mundo do qual hoje é uma dos principais ícones: o das celebridades.
- As pessoas associam hoje fama ao sucesso. Todas querem estar na capa das revistas. Tem gente que faz vídeo no YouTube, faz foto pelada, tudo para ser famoso. Não é só isso. É claro que eu sou famosa e desfruto. Mas não tenho sessões de massagem toda hora no SPA como gostaria de ter. O famoso passa por perrengue também. Não é só se sentar na carreira do Jô [Soares].
A personagem tema da letra de Famosa, após dizer tudo o que deseja conquistar, como ir ao Jô ou ganhar milhões no BBB, pergunta “e o que eu vou fazer se eu quero muito mais?”. Questionada Claudia se isso era um desabafo autobiográfico.
- Nessa parte de “eu quero mais” tem muito de mim, sim. Eu quero mais é ser feliz. A fama, no meu objetivo de vida, é secundária. Eu estava feliz cantando em barzinho. É claro que hoje ganho muito dinheiro, posso ajudar minha família, mas ser famosa não é ser feliz. E, no dia em que tudo isso aqui acabar, eu só quero ser feliz.
Claudia diz que seu novo som representa a transformação da menina de 19 anos surgida há dez anos no grupo Babado Novo e hoje é uma mulher casada, mãe de um filho, Davi, e, aos 29 anos, detém uma das mais promissoras carreiras do showbizz nacional.
- Quando estava no Babado era uma banda e todos queriam deixar um pouco da sua marca. Agora estou imprimindo a minha. Estou mais desnudada nesse disco.
Claudia Leitte diz que estar sob os holofotes não representa a felicidade - Foto: Julia Chequer/R7
Cançao está na trilha da Copa
O disco já sai com a canção-título integrando a trilha-sonora oficial da Fifa para a Copa do Mundo da África do Sul, que começa no próximo dia 11.
- As Máscaras tem uma linguagem que incentiva a galera a torcer, e a turma do campo a jogar. E fiz uma versão com a Lira [cantora sul-africana], que tem uma voz incrível. Nesta quinta [27], embarco para a África do Sul onde vou fazer o primeiro clipe da minha carreira em 3D.
Claudia mal lançou este trabalho e já pensa em outro disco.
- Para mim, este disco já está velho. Já preciso fazer uma coisa nova urgente. Eu não descanso. Gosto de novidade e sempre fui assim.
Quem pensa que ela vai largar a axé music em nome de uma carreira internacional se engana.
- Sou cantora de axé e não saio do trio para nada. Cresci na Saúde [bairro colonial do Centro Histórico de Salvador] ouvindo o batuque do Olodum. O axé é uma das melhores partes de mim. Estou para a música da Bahia como Papai Noel está para o Natal.
Matéria do R7
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